segunda-feira, 9 de março de 2009

A criação e instalação do liceu feminino - 2.ªParte

Segundo Edifício

O aumento dos cursos e das alunas nas turmas, que lhes permitiram prosseguir com os estudos no ensino superior, tornou-se necessária à aquisição de novas instalações.

Na falta de um edifício próprio, cuja a construção ainda não se vislumbrava, começaram a mudar-se em 1932, para o que ainda restava da Quinta da Rainha (actual Bissaya Barreto), adquirida pelo Estado. Mas esta mudança não significava uma melhoria nas infra-estruturas. só o espaço e a localização se tornavam aliciantes. depois de ligeiras adaptações o liceu iniciou as suas actividades no velho edificio da Quinta da Rainha, com laranjeiras e terrenos próprios para culturas e criação de animais. era este o local desejado pela direcção e corpo docente para a construção do edificio destinado ao Liceu Infanta D.Maria, dada a luta tenazmente travada pelas reitoras Elisa Figueira e Dionysia Camões, junto das entidades competentes. Contudo o liceu não ficou nesse lugar devido a ser muito perto do liceu masculino, assim sendo o liceu viria a ser instalado no edificio de S.Bento em 1937.

Apesar da mudança, o liceu feminino continuava a usufruir da Quinta da Rainha, onde estava instalado o Centro da Mocidade Portuguesa Feminina e onde se davam as aulas de Curso de Educação Familiar. No entanto, esta situação não durou muito tempo, instalando-se depois na Escola Normal Primária.

No ano de 1938/39, o liceu passou a ocupar mais alguns compartimentos do edifício S.Bento reunindo condições necessárias para receber mais duas ou três turmas no ano seguinte.

O liceu continuou instalado neste edificio até à construção definitiva de um novo, na encosta do Calhabé, solução que não obtinha apoio da reitora e do corpo docente que mobilizara os pais e encarregados de educação, transformando esta questão num problema vivido pela cidade, largamento noticiado pela imprensa local, devido a o liceu se vir a encontrar num sitío ermo e com vizinhança de um estádio de futebol que estava projectado para as suas imediações. Contudo, a decisão oficial tinha tomada e não havia nada a fazer, sendo que a zona de protecção do liceu foi oficialmente aprovada em 1944, porém só no ano seguinte é que o liceu actual começou a ser construído.

segunda-feira, 2 de março de 2009

A criação e instalação do liceu feminino

Primeiro edifício

A batalha pela causa da instrução feminina começou no século XIX, com D.António da Costa e Bernardino Machado, que defendiam a criação de liceus femininos. A carta da Lei de 9 de Agosto de 1888, autorizava que se estabelecessem em Lisboa, Coimbra e Porto estabelecimentos dedicados ao nsino feminino, o Maria Pia (em Lisboa), sendo a única instituição oficial de ensino secundário liceu feminino, em Portugal, durante vários anos.

Coimbra, sendo uma cidade universitária, há muito que desejava possuir uma escola feminina e não estava alheia a estes movimentos.

Esse desejo veio a concretizar-se com Decreto de 17 de Novembro de 1914 que ciroou uma secção feminina, junto do Liceu Central José Falcão.

Contudo, este decreto foi revogado pelo de 25 de Março de 1915 que autorizava o reitor do Liceu de Coimbra a formar turmas paralelas com as alunas das três primeiras turmas, que se instalaram no edifício nº111 da Avenida Sá da Bandeira. Contudo, só em 1918, foi autorizada a passagem das alunas da 4.ª e 5.ª classes do Liceu Central José Falcão para o referido edifício da Avenida Sá da Bandeira, formando-se em duas turmas.

Estavam assim reunidas as condições necessárias para a criação de um Liceu Feminino, que veio a acontecer com o Decreto de 14 de Julho de 1918.

A criação de um liceu feminino era desejada também pelos pais já que não viam com bons modos a frequência das filhas num liceu masculino. Contudo, a criação do liceu não servia só para melhorar a educação da juventude, mas também para se ir desenvolvendo a ideia de que a mulher podia ombrear com o homem a frequência da Universidade e ocupar determinados lugares no funcionalismo público. Esta ideia veio a ganhar mais força com a viragem do século XIX.

Com a designação de Liceu Nacional Infanta D. Maria, cuja imagem figura na bandeira do liceu que cuidadosamente a guarda, abriu ao público em 26 de Março de 1919.

O aumento dos cursos e das alunas nas turmas, que lhes permitiam prosseguir com os estudos no ensino superior, tornou-se necessária à aquisição de novas instalações.

Mini-exposição do grupo sobre a escola

Felicitações!

Para quem faz parte da Escola Secundária Dona Maria e ainda não reparou, existe uma vitrine perto da entrada/saída do Refeitório que possui cartazes e fotografias. É uma pequena exposição que vos quer dar a conhecer o nosso tema mais a fundo e despertar a vossa curiosidade.

Achas que conheces a tua escola?